Minha Vida em Comunidade – Fátima Gusmão
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Minha vida em Comunidade – Fátima Gusmão
Quando cheguei, tinha uma visão totalmente diferente de como seria a vida num lugar como este.
Achei que tudo deveria ser do meu jeito, e pensando assim cometi muitos erros.
Para mim, tudo era novo, eu nunca havia tido experiência alguma de religiosidade, somente sentia um enorme desejo de preencher em mim o vazio que pouco a pouco me consumia.
Mas como eu iria conseguir suprir essa necessidade de meu ser se não procurasse entender os preceitos de Deus para mim?
O primeiro passo, pensei, seria adaptar-me, deveria deixar para trás o modo como vivia, as coisas que eu fazia e a minha vida em si.
A partir daquele momento, as coisas seriam diferentes, eu começaria uma nova vida que seria modelada como um vaso nas mãos do oleiro.
Senti-me, então, como uma muda de uma planta qualquer que é plantada sem muita crença de que dará certo, mas há algo especial nela que a faz crescer.
Mesmo assim ela não floresce e, pouco a pouco, morre. Mas ela não pode morrer porque alguém acredita nela e manda outro para também acreditar e ajudá-la.
Assim, começa a regá-la, e mesmo sendo difícil não desiste, e mesmo a amando desde o princípio, a cada dia a ama mais.
E com todo esse amor, essa planta começa a reagir e, aos poucos, fortalece suas raízes e brota. E como as outras plantas, vai sentir o sol muito quente queimar suas folhas ou a chuva muito forte quebrar seus brotos.
Porém, por mais duros que sejam os percalços, ela possuirá algo grandioso: o amor — não somente daquele que acreditou nela desde o princípio, mas a essas alturas, o amor que com sua perseverança conseguiu conquistar.
Poderá ser que essa planta ainda não tenha florido, mas porque ainda está em processo para que um dia possa produzir belas flores.
A cada dia tenho a oportunidade de vivenciar algo novo. ( Trecho do livro Eu acredito em Deus)
Muitas pessoas me disseram que queriam saber mais sobre minha experiência religiosa, mas o que posso dizer, é que lá tem regras, e a primeira regra é não falar sobre as regras.
Então, não posso dar detalhes, até porque, somente quem tem vocação, permanece.
Para exercitar a obediência, é preciso cumprir regras.
